De acordo com uma estimativa do Instituto Akatu, o Brasil deixa de gerar riqueza devido aos trabalhadores ficarem pelo menos meia hora por dia no trânsito e isto traz um prejuizo de 90 bilhões de reais por ano.
Esta perda de tempo e dinheiro, equivale a cerca de 2,5 % do PIB (Produto Interno Bruto) do país, e é por este motivo que novos investimentos tecnológicos no setor de transportes estão sendo feitos.
Para que o transporte público (ônibus, metrô e trem) seja cada vez mais eficiente é necessário automatizar e dar qualidade de uso, pois isso reflete no crescimento da capacidade, tempo de espera e segurança, além da diminuição do impacto ambiental.
Usuário em tempo real
Há cinco anos, de acordo com a empresa de pesquisa IDC, o número de smartphones vendidos no mundo excedeu a marca de 1 bilhão de aparelhos. Isso mostra que as pessoas estão mais conectadas, e isso pode abrir caminhos para novos sistemas que possibilitam ao cidadão utilizar os telefones móveis para acompanhar em tempo real o trânsito nas cidades.
Os aplicativos de metro por exemplo, oferecem inúmeras funcionalidades que vão desde à orientação de passageiros até problemas na linha ou aglomerações nas estações.
Fora do Brasil, um bom exemplo é Barcelona, na Espanha. Por lá, o órgão responsável pelos serviços de transporte urbano inseriu um sistema de gestão que avalia os tempos percorridos por ônibus e trens e mantém essa informação permanentemente atualizada e acessível nos aplicativos. O resultado é que a partir deste sistema cerca de 90% dos ônibus conseguem atender à população dentro do horário prometido.
Automação na direção: rapidez e conforto
Já é possível programar o intervalo de trens, velocidade e até determinar o tempo de abertura das portas através da automação. Com ela, metrôs e trens são operados remotamente por meio de softwares de controle que proporcionam mais conforto, rapidez e segurança aos usuários.
Novamente, temos que ir para fora do país para buscar bons exemplos. Em Paris na França, o modelo driverless que permite a operação do trem sem a presença do condutor, é um sucesso.
Já para os carros, a experiência testada pela Uber neste ano não foi tão boa assim. Um carro autônomo de teste da Uber Technologies, de acordo com uma matéria publicada no site da UOL, atropelou e matou uma pedestre em Tempe perto de Phoenix.
Até agora, não se sabe se o incidente vai mudar os planos de outras empresas no Arizona, mas na Califórnia a Comissão de Serviços Públicos, órgão que regula setores incluindo companhias de transporte sugeriu uma proposta que poderá abrir passagem para companhias transportarem pessoas em carros autônomos sem a presença de qualquer motorista de reserva.
Futuro próximo
Os carros autônomos (com inteligência individual) não só substituem os humanos como motoristas, como também são capazes de se comunicar com o mundo. Pense mais além: inserir carros inteligentes na sociedade é modificar todo ecossistema com inovações como por exemplo, sensores de tráfego, segurança pública, semáforos e câmeras, enfim, toda tecnologia inserida no universo do transporte urbano colabora para a formação das novas cidades do futuro (próximo).