Apesar de algumas reclamações de consumidores, o balanço da Tech Black Friday 2018 mostrou que a insistência do varejo brasileiro com a data valeu a pena. Mais de 2,41 milhões de pessoas usufruíram das promoções e realizaram a compra de pelo menos um produto.
O destaque do ano foi para o comércio eletrônico que conforme dados da Ebit Nielsen, apontou alta de 23% em relação ao mesmo evento do ano passado (2017).
As vendas no e-commerce totalizaram R$ 2,6 bilhões. Já no comércio como um todo as comercializações cresceram 4,7% em 2018 ante 2017.
Segundo dados da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Os números não negam: o resultado dessa Black Friday ficou acima do esperado.
Consumo via Mobile x Desktop
As compras via smartphone aumentaram 6,5% em comparação 2017 de acordo com um balanço divulgado pela Awin (rede global de marketing de afiliação). Isso totaliza 23 % do número de vendas nesta data. No entanto, 76,95% das compras realizadas na Black Friday deste ano foram feitas por meio do Desktop.
“Black Fraude”
Em 2018, a Black Friday apresentou uma tendência de descontos mais agressivos e preços muito melhores com um tícket médio de R$ 609,84 de acordo com dados da Awin. Porém, conforme um balanço parcial divulgado pela Fundação Procon, muitas reclamações ainda foram registradas.
A maioria das queixas (34,23%) estão relacionadas à propaganda enganosa que ocorre quando o desconto anunciado a respeito do produto não corresponde à realidade.
Em alguns casos, os consumidores afirmam ter pesquisado o valor dos produtos antes da data do dia de compras e relatam que durante a Black Friday as empresas colocavam um valor maior para oferecer então o “falso desconto”.
Em segundo lugar (com 19,46%) nas reclamações dos consumidores está o pedido de cancelamento da compra pela empresa logo após a finalização da compra. Em seguida com 18,12% aparece a alteração do preço final na conclusão da compra. Além disso, foram relatados problemas com sites fora do ar e também com oscilação.
Empresas criticadas
Ainda segundo o balanço da Fundação Procon algumas empresas registraram um número alto de reclamações. No topo da lista estão: Extra, Ponto Frio e Casas Bahia (20,13% ao todo). Logo depois, aparecem: Submarino, Shoptime, Sou Barato e Americanas, com 10,07%.
Em seguida estão Americanas, Submarino, Shoptime e Sou Barato com 10,07% dos protestos. Também foram citadas pelos consumidores: Dell, Magazine Luiza e Carrefour.
De acordo com uma matéria publicada no site da Revista Veja a respeito da Black Friday, a Via Varejo empresa responsável pelas Casas Bahia, Pontofrio e Extra.com se manifestou a respeito dos dados e disse que as demandas recebidas pelos canais de atendimento estão sendo prontamente endereçadas e tratadas.