Em janeiro deste ano a Microsoft mudou sua liderança no Brasil que por três anos foi comandada por Paula Bellizia, agora promovida ao cargo de vice-presidente de vendas, marketing e operações da companhia na América Latina. A cadeira de Paula foi ocupada por Tânia Cosentino que antes ocupava a vice-presidência global de qualidade e satisfação do cliente da Schneider Electric.
Essa transição de funções na Microsoft comprova que o número de mulheres que trabalham com tecnologia vem aumentando.
Já a SAP Brasil conta com uma fatia de 32,6% mulheres sendo 20,6% em posições de liderança.
A protagonista na jornada da Transformação Digital da SAP Brasil é a Presidente Cristina Palmaka, que desde de 2013 vem promovendo novas ações de inovação e acrescentando o conceito do intelligent enterprise.
No cenário internacional da SAP, duas mulheres estão em seu board global e cerca de 30% de seus colaboradores são mulheres globalmente.
O Business Women’s Network – BWN é uma rede de colaboradores da SAP que oferece suporte e debate a posição de mulheres e suas trajetórias de carreira. Com mais de 13 mil membros ao redor do mundo e presente em mais de 61 países, o BWN quer reforçar seu objetivo de alcançar a equidade de gênero, acreditando que a Diversidade e Inclusão impactam diretamente nos resultados da companhia.
Na Austrália existe iniciativas governamentais e empreendimentos para encorajar as mulheres no local de trabalho. Por lá, cerca de 28% dos trabalhadores da área de tecnologia são mulheres, ficando atrás apenas da Bulgária, cuja porcentagem feminina atuante neste campo chega a 30% segundo informações do site americano entrepreneur.com.
Projetos
Em Nova York (USA), existe uma organização chamada Girls Who Code que apoia o aumento de mulheres nas áreas da tecnologia e ciências da computação.
A intenção da instituição é aumentar as possibilidades das mulheres adentrarem ao mercado da tecnologia, especificamente o de desenvolvimento de sistemas.
O projeto sem fins lucrativos atingiu em 2018 o número de 90.000 meninas, e o objetivo é equiparar a lacuna de gênero em empregos de nível inicial até 2027.
No Brasil o #SerMulherEmTech Comenta-se que a falta de mulheres modelos é uma das razões para meninas não se interessarem por tecnologia.
Este projeto foi criado por Cecilia Marshall, profissional da área de tecnologia e hoje já conta com 45 colaboradoras atuantes. Ele objetiva maravilhar meninas em relação às características da carreira em tecnologia e instigar seu interesse, através de histórias de mulheres que optaram em seguir sua vida profissional em tecnologia e que se sentem muito realizadas com o caminho que escolheram.
O tom do projeto não é necessariamente o de igualdade de gêneros na área de tecnologia, e sim um tom de esperança e direção a jovens mulheres comenta Cecília Marshall.
Investimento
A Apple também anda investindo em programas para estimular mais mulheres a seguir carreiras em áreas tech, pois assim como ela, muitas empresas do Vale do Silício ainda consideram isso um problema: faltam mulheres para trabalhar.
O Centro Nacional de Mulheres e Tecnologia da Informação informou que em 2017, 57% das ocupações profissionais na força de trabalho dos EUA foram ocupadas por mulheres, no entanto, elas preenchiam apenas 26% dos empregos em computação.
Segundo o site CNN Business, o relatório de diversidade mais recente da Apple mostra a ampliação de 5% em mulheres empregadas de 2014 a 2017. Porém, até o ano de 2017, somente 23% dos funcionários globais que trabalham em tecnologia eram mulheres. De uma forma geral, atualmente a Apple conta com mulheres para ocupar 32% das funções.
Conectadas
Um aplicativo lançado pela empresa de Kim Azzarelli, Seneca Women, tem a missão de ajudar mulheres profissionais a se conectarem com outras mulheres no mundo todo. Por meio dele, é possível obter informações e conselhos sobre importantes questões. Para Azzarelli, a esperança é de que outras empresas vejam as iniciativas e se sintam pressionadas a criar programas próprios para ajudar mulheres empresárias.
Nem tudo são flores
Neste início de fevereiro, várias mulheres se sentiram ofendidas depois que um moderador da Silicon Slopes Tech Summit fez um comentário que muitos consideraram sexista (embora a mensagem da conferência, fosse de diversidade e inclusão).
Ao subir no palco para apresentar a lenda do beisebol Alex Rodriguez durante a terceira conferência anual da comunidade tecnológica de Utah, o CEO da Entrata, Dave Bateman, mencionou que sua empresa eleva as mulheres, depois pediu às mulheres que estavam na sala que se levantassem.
Enquanto elas estavam de pé, Bateman convidou A-Rod para o palco e pediu às mulheres para torcerem por ele descrevendo-as como suas fãs, como se elas só estivessem lá para aplaudir o jogador de pé.
De acordo com a notícia publicada no site KSL, a Silicon Slopes adotará padrões e práticas adicionais para garantir que a mesma coisa não aconteça em eventos futuros.
Futuro
Para os próximos anos, é preciso fechar essa brecha de gênero que ainda atrapalha o desenvolvimento da indústria de tecnologia como um todo.
Existem mais iniciativas privadas do que governamentais neste sentido de alancar a proximidade das mulheres com a tecnologia, esperamos que isso seja equalizado.
Existe um ditado que diz que as mulheres irão dominar o mundo…
…eu espero que seja com a melhor tecnologia.