O conselho universitário da Universidade Federal de Goiás (UFG) aprovou unanimemente a criação da primeira graduação de Inteligência Artificial do Brasil que será ministrada pelo Instituto de Informática (INF) da UFG no Campus Samambaia, em Goiânia.
O curso pioneiro deve ter suas primeiras turmas formadas em 2020, onde já estão previstas 40 vagas no Sistema de Seleção Unificada (SiSU). Os interessados poderão realizar sua candidatura por meio das notas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Mas calma! As inscrições para o próximo ano ainda não estão abertas.
A duração deste novo curso será de quatro anos, e a graduação abordará conteúdos amplos e específicos da área, focando mais em soluções de negócios. Dentre o vasto campo de aprendizado, estarão assuntos como: ciência de dados, assistentes pessoais, veículos autônomos e machine learning, entre outras tendências da inteligência artificial. O objetivo é que os estudantes não aprendam somente o desenvolvimento de algoritmos e interfaces inteligentes, mas que compreendam as várias aplicações da tecnologia nos negócios.
O orçamento inicial da UFG é de R$ 23 milhões para pesquisas na área e a expectativa é de que o investimento chegue a R$ 100 milhões em sete anos. Investir nessa área tão complexa e com alta procura foi necessário porque falta mão de obra em todo o mundo. E especificamente no Brasil, o atraso é ainda maior.
De acordo com o doutor de Engenharia Eletrônica e Computação, Anderson Soares (que também fará parte do corpo docente do curso de Inteligência Artificial na UFG) no Brasil atualmente, a Inteligência Artificial costuma ser um curso disponibilizado em nível de doutorado, na área de Engenharia de Computação. “Antes era uma pesquisa feita a longo prazo. Tivemos um avanço muito forte desde 2012, com novas e diferentes aplicações para a tecnologia, o que tornou necessária a formação para níveis mais generalistas”, afirma.
Há alguns cursos de pós-graduação e até cursos à distância sobre Inteligência Artificial, no entanto, embora tenham alto valor, o professor explica que a IA compreende várias outras competências e uma formação mais sólida é necessária, abordando computação e matemática, aliadas à visão de negócios e soluções para o mercado.
Segundo Soares, além do curso, há planos ainda para 2019, a respeito do lançamento de um centro de excelência nacional em Inteligência Artificial com a finalidade de ampliar a competitividade do assunto no país.
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