Indústria 4.0

O vai e vem do Supply Chain

Em português, o conceito de Supply Chain refere-se à cadeia de suprimentos e está aliado a todo o processo de distribuição de determinado produto ou serviço, começando na extração da matéria-prima para a sua fabricação e  seguindo até a entrega para o cliente final.

No entanto, este movimento não é suficiente para fazer com que o produto saia da fábrica e chegue até o consumidor. Há um contra fluxo de dados, que nada mais é do que todas as informações a respeito da demanda do cliente, sendo essas relações o principal foco do Supply Chain que além disso, busca integrar as ligações que se formam ao longo dessa cadeia.

Aplicação no Varejo

Há certas dificuldades para aplicar o Supply Chain no varejo, já que o sistema não é tão linear quanto parece. É preciso acelerar a demanda do mercado consumidor e também as cadeias de suprimentos, que são constituídas de diversas empresas, que se pautam em fluxos multilaterais.

Especificamente no varejo, essa forma de comercialização é realizada através de um ciclo contínuo de compra e reposição de peças, cujo processo deve ter agilidade para suprir as lojas com mercadorias certeiras.

As ferramentas que admitem a apuração em tempo real das vendas e demandas tornam possível a ideia de repor tudo que a loja conseguiu vender, já no dia seguinte, realizando rapidamente o novo pedido para o fornecedor.

Neste tipo de abastecimento, é possível fazer uma classificação de modelos: os centros próprios de distribuição e a compra com fornecedores (direta).

Centro de distribuição próprio

Neste exemplo mais comum em grandes redes do varejo, são os próprios varejistas os responsáveis pela compra da mercadoria e da reposição de suas lojas.

Há neste esquema vários benefícios como por exemplo, o maior poder de barganha e a garantia da execução dos prazos. No entanto, apesar das vantagens as empresas varejistas que possuem um centro de distribuição próprio devem ter transporte particular, o que pode elevar os custos.

Antes de aderir ao modelo, é necessário verificar se ele é economicamente viável e também se a empresa tem capacidade de realizar toda a operação de logística de forma funcional.

Compra direta com o fornecedor

No caso dos varejistas que não têm centro de distribuição próprio e fazem suas compras direto com o distribuidor ou fornecedor, há chances maiores de problemas com atrasos de mercadoria.

Normalmente as redes menores adotam esse sistema e ficam dependendo de diferentes fornecedores, permanecendo muitas vezes “amarrados” à entrega e ao serviço prestado.

Colocando no papel, as empresas varejistas que usam um centro de distribuição próprio têm conseguindo um nível de serviço melhor, já que se tornam menos dependentes e podem otimizar os processos de Supply Chain.

Estratégia do negócio

Antes, o objetivo da elaboração de estratégias logísticas tinha apenas cunho operacional para agilizar e tornar  o serviço mais fácil e reduzir custos.

Nos últimos anos, isso mudou: as empresas buscam alinhar o Supply Chain management com a estratégia total do negócio, para conquistar vantagem competitiva.

A tecnologia com certeza dá maior agilidade aos processos de Supply Chain, a transformação digital tem aumentado a inteligência na reposição e recebimento de mercadoria nos pontos de venda, o que pode resultar no aumento dos lucros, já que não haverá falta de produtos e projetando assim o crescimento do negócio com base na demanda.

O Blockchain tem sido aceito com muita frequencia como plataforma de segurança na transação dos dados que são relevantes e na comunicação entre as pontas da cadeia de suprimentos.

Com os processos de Supply Chain management otimizados, os gestores podem conferir a performance dos departamentos e das vendas das lojas, observar onde devem melhorar, ou quais decisões assertivas podem tomar para o crescimento geral do seu negócio.

LoFrano

Especialista em TI, observador e crítico do comportamento de pessoas em relação ao avanço da tecnologia. Estudioso constante das práticas e teorias da pirâmide envolvente da Camada Estratégica, Tática e Operacional, Estrategista e construtor da tese que irá melhorar o entendimento dos profissionais do estratégico em relação a tecnologia da informação.

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