Em julho, mês em que o mundo comemorou (ou questionou) os 50 anos da jornada que transformou a história da humanidade, pegamos uma carona e embarcamos na história de uma companhia que decidiu ir além da missão Apollo 11. Estamos falando da Space Exploration Technologies Corp., ou SpaceX.
Essa empresa, fundada nos Estados Unidos no ano de 2002 tornou-se uma das principais companhias privadas de serviços de transporte espacial do mundo.
Seu idealizador, Elon Musk, tinha como foco principal tornar possível o sonho de algumas pessoas – poder habitar outros planetas. Esse sonho – AINDA – não foi realizado, embora seus colaboradores tenham trabalhado para que o turismo espacial se torne realidade em breve. Como? Através do lançamento de foguetes reutilizáveis como o Falcon 9 com a nave Crew Dragon, que decolou em março deste ano, sem tripulação a bordo.
No entanto, a nave tripulável passou por um teste e falhou: causando a explosão do veículo. Segundo Musk, houve uma anomalia, que foi resultado de uma mistura indevida entre um oxidante com o componente de hélio que faz parte do sistema propulsor do foguete usual nos testes.
O primeiro voo tripulado em caráter de testes seria realizado em julho de 2019, no entanto, com o acidente, o cronograma foi alterado e por enquanto não foi revelado.
Como podemos observar, há riscos e, mesmo com a extraordinária missão de revolucionar a tecnologia espacial, a equipe da SpaceX e os engenheiros da Nasa querem atestar que o veículo seja seguro para os seres humanos.
Coisa de maluco?
Você pode estar se perguntando: como é que esse cara chegou até aí?
A companhia de Elon Musk, que em 2018 teve uma receita de US$ 2 bilhões somente com o negócio voltado a lançamentos de foguetes, ganhou prestígio internacional depois de ter sido responsável por lançar o primeiro foguete de combustível líquido a chegar à órbita da Terra com financiamento privado.
Além disso, foi também a primeira empresa privada a transportar mantimentos para a Estação Espacial Internacional e a conseguir reutilizar um foguete orbital.
De acordo com um levantamento feito pela empresa de análise de mercado Jefferies, a SpaceX é líder no setor de foguetes em todo o mundo e embora seja “nova” nos negócios, as estimativas de receita anual foram elevadas por conta dos foguetes reutilizáveis (cujo valor de lançamento foi baixo).
E só para que você saiba: a SpaceX está competindo por contratos da Força Aérea norte-americana com a ULA, Northrop Grumman e Blue Origin.
Brincadeira de criança
Brincadeiras a parte, o assunto é sério! Já ouviu falar em Slime? É aquela “meleca”, feita de material não tóxico viscoso, mole, colorido (hoje já existem até Slimes que brilham no escuro!), que você provavelmente já ouviu falar, seja através de filhos, sobrinhos ou crianças em geral. Lembrou? Pois bem!
A NASA (via SpaceX), juntamente com a Nickelodeon, vai enviar à Estação Espacial Internacional (ISS) uma carga da gosma verde que há décadas é a marca registrada do canal a cabo, com o objetivo de estudar o material na área de microgravidade no laboratório orbital e assim, quem sabe, trazer mais crianças interessadas no espaço e na ciência em geral.
O melhor está por vir
Além de todas as peripécias já realizadas pela SpaceX, há um projeto bem especial em andamento: a Starship, nave que deve levar tripulações à Lua e até para Marte em um futuro próximo.
Além disso, a NASA também já anunciou uma missão chamada Artemis, cujo objetivo é levar novamente o Homem à Lua, com estimativa de um primeiro pouso para 2024.