O ano começo bem para a startup de compra e venda de imóveis Loft. Ela não só recebeu um subsídio de US$ 175 milhões dos fundos Andreessen Horowitz, Fifth Wall Ventures e Vulcan Capital, como também conseguiu atingir o valor de mercado de US$ 1 bilhão em apenas 16 meses de operação.
Mas, engana-se quem pensa que este é o primeiro investimento que Andreessen Horowitz, empresa de capital de risco no Vale do Silício faz na startup. Anteriormente, ela participou da Série A com o valor de US $ 18 milhões, juntamente com Monashees (gestora com atuação global que investe em empreendedores que buscam criar soluções inovadoras para um novo mundo).
Voando com unicórnios
No Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Startups (ABS), há mais de 12 mil startups e dentro deste montante, apenas dez conquistaram o título de Unicórnio (termo utilizado para instituições avaliadas em mais de US$ 1 bilhão).
A Loft, como dissemos anteriormente é o 11º unicórnio brasileiro. A empresa cresceu de forma impressionante e a intenção é seguir voando por aí, já que os últimos recursos adquiridos serão destinados à expansão da startup.
Para Amure Pinho, presidente da ABS, o bom momento deste tipo de empreendimento une a presença de venture capital, desenvolvimento de soluções voltadas para clientes B2C e a consolidação do ecossistema empreendedor. Além disso, há a entrada de fundos internacionais, cuja taxa de juros é uma das principais justificativas. “A gente teve uma calmaria econômica, o que abriu espaço para o capital de risco”, diz.
A título de conhecimento, vale lembrar que os outros Unicórnios brasileiros são: Movile (iFood), Arco Educação, 99, Stone, Nubank, Wildlife, Gympass, Loggi, QuintoAndar e Ebanx.
Agilidade
O capital dos negócios da Loft é consumido rapidamente e por isso, é preciso continuar inovando para avançar. Neste modelo de negócios, inédito no Brasil, a empresa torna menos desgastante para o cliente o serviço de compra e venda de um apartamento. Ou seja, é uma empresa de tecnologia que traz mais eficiência e transparência ao sistema de compra e venda de imóveis.
De acordo com Florian Hagenbuch, Fundador e Co-CEO da Loft, a empresa foi criada para se tornar a maior plataforma transacional de imóveis usados em mercados emergentes. “Com o nosso modelo de negócio ciclo neutro – independente dos altos e baixos do mercado imobiliário – pretendemos criar uma experiência fácil, agradável e de alta liquidez para os nossos clientes. E faremos isso em escala global, sob a bandeira do ‘Made in Brazil’”, afirma.
Para continuar atendendo à demanda na cidade de São Paulo, os planos da Loft incluem não só a expansão na capital paulista, como também o início de atividades em outros municípios brasileiros como Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre. Ainda para este ano, a startup quer mais: dar o primeiro pontapé em terras internacionais, investindo na Cidade do México.