Quem aí pensou que o Facebook estava destinado a seguir os mesmos caminhos do Orkut precisa reavaliar sua opinião. Ainda que a previsão de disponibilidade seja para 2020, a famosa rede social anunciou neste ano que vai apostar no mundo das finanças com o lançamento de sua criptomoeda: Libra.
Com essa novidade, a companhia comandada por Mark Zuckerberg busca tornar a Libra uma “moeda” universal e de fácil transação. No entanto, embora tenha sido criada pelo Facebook, a ideia recebeu apoio de um consórcio de empresas.
Inicialmente eram mais de 20 companhias com nomes tradicionais no mercado financeiro e no setor de tecnologia, mas a novidade ainda assusta alguns dos possíveis membros fundadores, que ainda não permaneceram tão firmes em seu compromisso. A previsão é de que até o final de 2019, esses acordos sejam consolidados.
Enquanto a decisão de “gigantes” não é definida, que tal saber um pouco mais sobre essa novidade que pode modificar a dinâmica da economia global?
Como dissemos no início do texto, a criptomoeda ainda não está disponível, no entanto, sabe-se que poderá ser possível comprá-la por meio de aplicativos dos membros fundadores. Tudinho pelo celular, é claro.
Ainda há muitas pessoas sem contas em banco. De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva, só no Brasil há 45 milhões de “desbancarizados”. Para que você entenda melhor: esse é o número de brasileiros que não movimentam a conta bancária há mais de seis meses ou que escolheram por não ter conta em banco. Quer que fique ainda mais claro? Então saiba que a cada três brasileiros, um não tem conta em banco.
Enquanto isso, o império Facebook atingiu mais de 2,6 bilhões de usuários em todo o mundo com suas plataformas. Entende agora essa ligação? Uma criptomoeda associada a uma rede social poderia fazer com que o dinheiro circulasse com mais rapidez: para movimentar a Libra, haveria mais facilidade e comodidade.
Para isso, o Facebook anunciou a criação de uma empresa secundária, chamada de Calibra, cujo principal objetivo será oferecer uma carteira digital pela qual os usuários poderão realizar transações (que vão desde a transferência de grandes quantias até serviços do dia a dia).
Disso já sabemos. Mas o que precisamos sabe é que o foco da rede social com o lançamento da Libra não é, inicialmente, obter lucros com taxas. O Facebook espera que com ela, as vendas de pequenos empresários aumentem e que consequentemente eles anunciem mais em sua plataforma.
Além disso, até a definição do lançamento da Libra, Zuckerberg e seu grupo de investidores terão muito trabalho pela frente: deliberar junto aos órgãos cabíveis a equivalência para as moedas de vários países com o intuito de impossibilitar quaisquer problemas regulatórios, já que a criptomoeda proposta pelo Facebook provocou preocupações entre os reguladores globais.
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