No início de janeiro de 2020, Las Vegas foi palco da Consumer Electronics Show (CES), a maior feira de tecnologia do mundo que traz à tona cerca de 20 mil novos produtos cheios de futurismo.
Em uma área de 2,9 milhões de pés quadrados de espaço para exposições, mais de 170 mil participantes expuseram suas novidades atuais e protótipos neste “show”, que para muitos é considerado o melhor lugar para apresentar e ver quais os mais atuais gadgets e aparelhos que estarão disponíveis nos próximos meses do ano.
É claro que por ali rondavam algumas promessas de anos anteriores que não foram cumpridas. A internet 5G, por exemplo, ainda não chegou e os robôs que já ganham algum espaço em setores como os da indústria e comércio, ainda estão longe de serem completamente independentes de auxílio humano. A tão falada Inteligência Artificial (IA) também é um termo confuso para algumas funções que se baseiam em aprendizado de máquina, todavia, foi presença marcante em diversos segmentos.
Sendo assim, podemos dizer que o CES 2020 foi grandioso e cheio de novidades. De fato, trouxe uma nova visão geral das tendências tecnológicas e de como serão aplicadas em nosso dia a dia nos próximos anos. Dentre tantas novidades, hoje vamos ressaltar cinco grandes apostas.
Se você ainda não ouviu falar, aqui está uma ótima primeira vez. O Alexa é um assistente de voz disponível em mais de 100 mil produtos domésticos inteligentes que vão desde lâmpadas até carros inteligentes em 9.500 marcas diferentes.
Na exposição, estavam novos dispositivos com cunho mais popular, destinados à usos cotidianos. Nos carros, os avanços foram ainda mais significativos: os recursos disponibilizados pelo Alexa são básicos e informativos, tais como tocar música e iniciar aplicativos de navegação. No entanto, em breve o assistente de voz poderá ser utilizado para controlar a temperatura, iluminação e demais comandos instalados na fábrica do seu automóvel.
Diferentemente de outros veículos, o Alexa no carro também poderá disponibilizar habilidades e recursos do assistente de voz da Amazon, tais como acender a luz de fora da porta da sua garagem ou tocar músicas.
Nos anos anteriores, os exageros e olhares eram em sua maioria voltados aos carros, especialmente protótipos e veículos-conceito. Neste ano também surgiram alguns veículos diferentes e cativantes, como por exemplo, o Sony Vision S, um sedan com uma enorme tela de LCD no painel e alto-falantes embutidos nos encostos de cabeça para mostrar as façanhas de áudio e vídeo da empresa e o carro de luxo orgânico da Mercedes, o Vision AVTR, com aparência de réptil inspirada no filme Avatar, cheio de recursos futuristas, como painel solar em forma de balança e otimização biométrica.
No entanto, demasias à parte, as maiores tendências automotivas deste ano estavam ligadas à segurança, sustentabilidade e apostas de que muitos dos veículos em exibição estariam rodando pelas ruas em breve.
Veículos elétricos tomaram grande parte da atenção, com destaque para um carro que está sendo considerado o mais ecológico do mundo, com materiais reciclados, zero emissões e “interior vegano”, o luxuoso EV SUV Fisker Ocean. A Nissan também apresentou o Ariya Concept, um SUV elétrico que supostamente vai de zero a 60 em 5,1 segundos e 300 milhas com uma única carga, cuja pretensão é de começar a aparecer nos showrooms dos EUA no final de 2021.
A Jeep não ficou de fora e também anunciou que até 2022, todos os seus veículos serão eletrificados. O reforço da promessa chega com seu primeiro híbrido plug-in, um Wrangler 2021, que estará disponível este ano.
Outros recursos como segurança e saúde também se destacaram nesta edição do evento. A BMW, com o veículo ZeroG Lounger, apresentou um assento de passageiro ideal para longas viagens de carro, que se reclinava em uma posição de 40º ou 60º para reduzir o estresse nos pontos de pressão e um cinto de segurança que se ajusta automaticamente à nova posição. A previsão é de que o assento esteja disponível nos próximos anos, nos modelos BMW X7.
Habitualmente, a CES recebe inúmeras novidades no quesito TVs de ultra-alta definição com recursos de ponta, como resolução 8K e modos de visualização otimizados para IA. No entanto, geralmente seus preços são tão impressionantes quanto os produtos e variam de US $ 3.500 a US $ 60.000, valores exorbitantes quando se trata do público em geral.
Mas o que chamou atenção neste ano, foram os novos produtos e serviços que serão disponibilizados aos consumidores por meio de uma parceria entre as indústrias de entretenimento e tecnologia. Essa junção vai melhorar a forma como as pessoas têm acesso ao conteúdo e também a maneira como consomem mídia.
O “Filmmaker Mode” estará disponível ainda este ano. Trata-se de uma nova configuração de imagem para TVs da LG, Vizio, Samsung e outros fabricantes, que preserva uma exibição cinematográfica de imagens, produzindo o que é chamado de “efeito novela”.
Além disso, os criadores continuam em busca de melhorias para as pessoas que consomem cada vez mais conteúdo via YouTube, Snapchat e Instagram Stories em qualquer lugar via laptops, tablets e smartphones, tendo como maior desafio, aprimorar a experiência quando se trata de adaptação a uma orientação diferente, já que em plataformas móveis, os vídeos são geralmente gravados em modo retrato (vertical), em comparação com o “modo paisagem” de filmes e televisão.
Também apareceram TVs que giram automaticamente entre os modos paisagem e retrato em sincronia com um smartphone Android emparelhado (TV QLED Samsung Sero de 43 polegadas) e no campo de software e serviços, um novo serviço de streaming, o Quibi, trouxe a promessa de fornecer conteúdo original otimizado para telefones celulares quando for lançado em abril. Com seu recurso de tecnologia de assinatura “Turnstyle”, será possível alternar automaticamente de retrato para paisagem em tela cheia, eliminando aquelas barras pretas que costumam incomodar quem assiste.
O processo de aprovação dos dispositivos médicos de venda livre por meio da Food and Drug Administration (FDA) se tornou mais claro e simples e com isso, novos produtos estão surgindo no mercado. Este grupo se destaca por sua boa aparência, dando a sensação de que estamos aderindo a um estilo de vida e não utilizando um equipamento médico. Também tem relevância sua funcionalidade ampliada e eficiência aos dados e necessidades individualizadas de um usuário.
Com eles, você pode melhorar sua higiene bucal, dormir melhor, lidar com várias condições médicas e ter uma vida sexual mais satisfatória. Foram apresentados artefatos como escova inteligente de alto-falante, o vibrador Lioness AI, que faz sugestões sobre como obter melhores orgasmos através de coleta de dados detalhada e o Withings ScanWatch, que ajuda a detectar tudo, desde fibrilação atrial até apneia do sono.
Além dos dispositivos, a maneira como você pode interagir com os profissionais de saúde também está sendo modificada.
Um exemplo disso é o Medwand, um dispositivo de diagnóstico que se parece com um mouse e é projetado para uso doméstico por pacientes durante exames virtuais. A telemedicina já não é novidade, mas nesta edição da feira, foi possível ver que os dados de saúde que são capturados por dispositivos são tão bons quanto a capacidade que os médicos têm de entender e agir sobre eles e que, futuramente, serão as maiores apostas da CES.
A CES tem uma seção dedicada às startups lançadas há apenas oito anos: o Eureka Park, que se tornou uma das partes mais populares do evento, com cerca de 1.200 empresas, vindas de 46 países diferentes.
Muitas delas estão focadas em cidades inteligentes e também na sustentabilidade. A Nowi é uma startup que disponibiliza tecnologia de gerenciamento para colheita de energia do mundo e neste ano, apresentou um chip que pode captar energia para sensores e outros dispositivos da Internet das Coisas (IoT) a partir do ar, luz, ondas de rádio e calor, reduzindo ou eliminando a necessidade de bateria dependente de energia no futuro.
A Meatable, tem como objetivo reduzir as emissões de metano e os maus tratos aos animais e por isso, desenvolveu uma tecnologia para cultivar carne de porco ou gado a partir de células-tronco em estágio inicial, sem matar nenhum bicho. A diferença é que, enquanto uma vaca leva cerca de três anos para desenvolver carne suficiente para ser abatida, a empresa faz a “coisa toda” em três semanas. Neste ano, a startup pretende lançar seu primeiro produto suíno produzido em laboratório.
Também ganhou destaque nesta edição o Hydraloop, que fabrica um dispositivo que recicla água para uso em banheiros, lavanderia e outras aplicações domésticas.
A feira produz resultados, tanto para os expositores quanto para o público que passa a esperar pelos novos produtos e serviços. Agora é conferir os avanços deste ano e esperar pelas demonstrações deslumbrantes do futuro e exibições de produtos tecnológico dos próximos anos, na edição de 2021! Até lá!
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