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Discursos de ódio na Internet: o boicote das grandes empresas à publicidade

LoFrano / Blog, facebook, Internet / 0 Comments

Como evitar os discursos de ódio na Internet? Até então, esta era uma pergunta sem muitas respostas, afinal, as pessoas se encorajam por trás dos teclados de computadores e smartphones para ofender e incitar a hostilidade por meio das mídias sociais.

Após a morte de George Floyd, o homem negro desarmado que foi assassinado pela polícia de Minneapolis, a Free Press e a Common Sense, junto com os grupos de direitos civis dos EUA Color of Change e a Liga Antidifamação, se uniram e criaram a campanha “Stop Hate for Profit”, que vem conquistando um grande número de empresas, e visa um boicote à publicidade no Facebook.

A campanha foi lançada em junho deste ano e já conta com a adesão de mais de 160 empresas, incluindo a Starbucks e Diageo, que informaram a interrupção de publicidade em todas as plataformas de mídia social.

O prejuízo pode ser grande, afinal, estas duas empresas estão entre as que mais gastam com anúncios no Facebook. Só em 2019, a Starbucks gastou US $ 95 milhões e a Diageo US $ 23 milhões na plataforma. A Patagonia, Honda America, Levi Strauss, Verizon e a Unilever, também assumiram o compromisso de parar com os anúncios a partir de julho.

E o Facebook?

Além de ter perdido algumas de suas ações na última semana devido ao grande número de anunciantes se juntarem ao boicote, a maior plataforma de mídia social do mundo já começou a agir e divulgou novas medidas para sinalizar postagens políticas problemáticas e expandir suas políticas em torno do discurso de ódio.

O Facebook respondeu às demandas por mais ação e até reconheceu que há muito que fazer para combater o discurso de ódio. No entanto, a plataforma se defende e afirma que através de investimentos em inteligência artificial, já consegue identificar 90% do discurso de ódio, antes que os usuários denunciem.

Também é preciso lembrar que, no primeiro trimestre, o Facebook arrecadou sozinho mais de US $ 17 bilhões em receitas de publicidade e que, apesar de perder grandes anunciantes, a maior parte das vendas da plataforma vêm de milhares de empresas pequenas, que dependem vigorosamente da plataforma.

 

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