A comunicação através de satélite em cubo e lixo espacial ainda é um desafio. No entanto, surgiram dois novos projetos de Inteligência Artificial (IA) de código aberto que buscam por meio da tecnologia espacial tentar resolver quaisquer dificuldades que venham atrapalhar progressos nessa área.
Os projetos, recém-lançados, são chamados de Sapace Situational Awareness (SSA) e KubeSat e ambos visam resolver desafios técnicos que assombram a comunicação de satélites de cubo e questões relacionadas ao lixo espacial.
A IBM (International Business Machines Corporation), uma empresa dos Estados Unidos voltada para a área de informática, já tem uma história com as inovações no espaço e traz consigo, uma série de voos espaciais que também ajudaram na projeção e construção da Calculadora Controlada de sequência automática para a Universidade de Harvard utilizada por cientistas da Marinha para preparar tabelas balísticas.
A recente investida na IA é uma tentativa de tirar proveito da tecnologia espacial para solucionar os desafios técnicos em torno da comunicação por satélite em cubo e o problema crescente do lixo espacial.
A equipe do Space Tech Hub da IBM, liderada pelo engenheiro e CTO de tecnologia espacial, Naeem Altaf, apresentou dois projetos de código aberto chamados KubeSat e o sistema Space Situational Awareness (SSA).
O primeiro projeto de código-fonte aberto da IBM, KubeSat é uma estrutura autônoma cognitiva que poderá ser utilizada para criar e controlar enxames de satélites, além de oferecer suporte a software adicional de que eles precisam para realizar tarefas específicas e para a simulação e otimização de comunicações multi-satélite.
Já o projeto SSA é uma colaboração contínua desenvolvida em conjunto com o Dr. Moriba Jah da Universidade do Texas, que visa melhorar a previsão de órbitas com o uso de modelos de aprendizado de máquina. Inicialmente, a ideia é usufruir das técnicas de inteligência artificial e usar o aprendizado de máquina na previsão de erros dos modelos baseados na física.
O desenvolvimento dos projetos mencionados acima foi de responsabilidade da equipe Space Tech Hub da empresa e ambos foram disponibilizados como implementações em contêineres na plataforma Red Hat OpenShift da IBM.
É possível que dezenas de milhares de objetos construídos pelo homem estejam orbitando a Terra, viajando a velocidades de mais de 8.000 metros por segundo.
No entanto, os dados de localização desses objetos tendem a ser imprecisos, já que são prejudicados ainda, pela densidade atmosférica e também pelo clima espacial, ou seja, suas trajetórias são imprevisíveis.
O sistema SSA objetiva enfrentar esse lixo espacial de frente, através dos novos projetos de código aberto, que por meio de sua natureza colaborativa e transparente, poderá tornar possível a participação de pessoas que possam contribuir e inspecionar o código.
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