Não tem como falar de 2020 sem mencionar alguma mudança aplicada pela doença que já conhecemos muito bem. Neste ano, diferentes setores foram afetados e com a Educação não foi diferente: surgiu a necessidade de adotar novas tecnologias para possibilitar a continuidade dos serviços prestados.
O ensino híbrido (blended learning) é um velho conhecido de algumas escolas, no entanto para outras sua implantação foi uma proposta inovadora e desafiadora. Ele consiste na utilização dos benefícios da tecnologia em sala de aula e utilizando deste modelo, o aluno tem acesso a aulas online, valorizando o aprendizado de forma individual por meio do contato com o ambiente virtual.
Chegou para ficar
Várias instituições de ensino foram “obrigadas” a experimentar as aulas online, mas isso exige preparação e também uma nova visão sobre o tema que não deve mais ser tratado como “ensino do futuro”.
A modalidade faz parte do presente e tem muitos benefícios, já que faz do professor um facilitador do acesso ao conhecimento e não um detentor do mesmo.
O método pode incentivar o trabalho em equipe e o autodidatismo, habilidades necessárias para o mundo de hoje e possibilita que o aluno aproveite o potencial da internet que inclusive, possibilita o retorno de conteúdo que permite que o estudante assista à mesma aula quantas vezes precisar sem perder nenhum momento.
Machine Learning
Mas, como é possível mensurar o desempenho desses alunos à distância? É difícil disputar a atenção dos estudantes com tantas mídias disponíveis, mas a tecnologia entra mais uma vez para dar esse apoio aos professores. Através do Machine Learning (Aprendizagem de Máquina), é possível predizer o comportamento dos alunos através da amostra e extração de dados.
Desta forma, há possibilidade de conferir se o aluno estudou em full screen ou se diminuiu a tela e ficou alterando aba.
Também é possível, por meio deste tipo de tecnologia, saber em quantos segundos um aluno leu uma página e até mesmo se ele grifou alguma parte do texto, transformando esse processo em aprendizado podendo identificar quais são os interesses e dificuldades dos estudantes.
Posteriormente, estes dados podem ser transformados em gráficos e disponibilizados em dashboard (diversos gráficos) para acesso de professores, pais, alunos e diretores.
Desafio
No entanto, ainda há necessidade de amadurecimento desta modalidade de ensino, pois o blended learning de forma geral não é totalmente assíncrono já que exige uma disponibilidade individualizada para encontros presenciais.
O objetivo do uso da tecnologia na Educação não é só somar, mas também, transformar e melhorar o processo de aprendizagem. Já começamos a caminhar, mas o trajeto ainda é longo e há muitos obstáculos pelos quais teremos de passar.