No início do mês de junho, o relatório Inside Venture Capital produzido pelo Distrito Dataminer com base na análise de 261 rodadas de captação mostrou que no acumulado de 2021 até maio, as startups brasileiras levantaram US$ 3,2 bilhões (aproximadamente de R$ 16,45 bilhões).
Esse valor corresponde a mais de 90% do total investido no ano passado que já havia sido de recorde para o setor com incentivos de US$ 3,5 bilhões. Em 2021, o desempenho foi observado nos primeiros cinco meses, 293% superior em relação ao mesmo período do ano passado.
O cofundador e sócio do Distrito, Gustavo Gierun, afirma que essa movimentação é positiva em todos os sentidos e que não é utopia acreditar que o Brasil pode caminhar para até US$ 5 bilhões em 2021, já que o mercado está cada vez mais forte, inclusive, após a pandemia mostrar para grandes empresas a necessidade de oferecerem produtos mais favoráveis à realidade digital.
Em maio deste ano, as startups bateram recordes em captações com investimento de US$ 788 milhões, maior volume para o período em 55 aportes outra nova marca para comemorar.
O destaque de segmentação vai para o Mercado Imobiliário, que levantou cerca de US$ 300 milhões. Vale evidenciar a Startup QuintoAndar, que já é considerada a maior imobiliária digital do Brasil, e que já captou aproximadamente o mesmo valor em rodada Series E liderada pelo Ribbit Capital.
O momento também é bom para as fintechs (startups que desenvolvem produtos financeiros digitais), que atraíram grande parte dos investimentos de 2021. O setor está logo atrás das startups, com US$ 295 milhões movimentados.
Os destaques deste segmento vão para o investimento de US$ 190 milhões na Cloudwalk, em rodada Series B liderada pelo Coatue; e para os US$ 26 milhões aportados na Hashdex em rodada comandada por Valor Capital e Softbank.
As fintechs centralizam o maior volume de investimentos no ano (US$ 1,15 bilhão), seguidas pelos setores Imobiliário (US$ 825 mi), Varejo (US$ 632 mi), Educação (US$ 380 mi) e Saúde (US$ 88,8 mi).
Embora não estejam em primeiro lugar, os ramos de Varejo e Saúde estão ganhando consistência e são promessa para os próximos anos.
As startups denominadas retail techs (Varejo) e as healthtechs (Saúde), só neste ano, acumularam investimentos de US$ 632 milhões e US$ 88,8 milhões, respectivamente, conseguindo um espaço significativo no ranking do “top 5” dos investimentos.
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