Os empresários que buscam formar tendências já estão de olho na nova economia e também na educação financeira: é a vez das Edtechs, cujo nome é uma junção entre os termos em inglês Education (educação) e Technology (tecnologia). Elas são startups que atuam na criação de novas soluções educacionais com foco em tecnologia na educação.
A defasagem educacional no Brasil tem chamado atenção dos investidores, já que o tema é considerado um problema grave: estudos apontam que somente 1% das pessoas se aposentam com a mesma qualidade de vida que tiveram durante o período produtivo.
Acreditar que essa realidade pode ser mudada motiva empresários como Thiago Nigro, dono do Grupo Primo. Ele está apostando alto nas Edtechs e recentemente, lançou uma plataforma de conteúdos sobre finanças e investimentos que funciona no modelo de assinatura.
O projeto Finclass já recebeu do grupo R$ 20 milhões em subsídios, e logo no primeiro mês de funcionamento, o App recebeu mais de 850 mil visualizações. Este aplicativo consiste no encontro de três pilares: reunião dos maiores do mundo em finanças, desenvolvimento de um design profissional e cinematográfico e o uso da mais avançada tecnologia.
Nigro também tem sua opinião sobre o modelo tradicional usado nas escolas. Segundo ele, no Brasil as maiores faculdades têm cursos que não estão alinhados com as tendências de mercado. “Muitas instituições preparam os alunos para o hoje, mas sem preocupação com o amanhã. A educação deveria olhar para as tendências e não apenas para a atualidade. O aluno já se forma desatualizado.”
De fato, investir no modelo atual de educação muitas vezes não traz os resultados esperados, já que o profissional não está realmente capacitado para a realidade do mercado.
O empresário Flávio Augusto da Silva, que consolidou seu nome com a rede de inglês Wise Up, assinou recentemente a venda de seu clube de futebol Orlando City para investir sua fortuna no setor de Educação.
Flávio confirmou em entrevista para a CNN que deseja investir aproximadamente R$ 1 bilhão no setor de educação, nos próximos três anos. E ele não disse da boca para fora. O empresário já anunciou um aporte para a aquisição de 100% de uma escola de negócios da nova economia, a Conquer, uma empresa recente que cresceu do zero e no último ano, registrou um faturamento de R$ 35 milhões.
Segundo ele, a aquisição está relacionada a uma estratégia de multiplataforma, que conta com conteúdos voltados para a realidade do mercado de trabalho.
Está claro que os novos empresários do ramo da Educação querem fugir dos modelos tradicionais e cada vez mais, buscam investir na proposta de cursos mais práticos, visando desenvolver a empregabilidade e a carreira profissional.
O interesse das pessoas em conteúdos relacionados aos negócios cresceu muito nas redes sociais e para os empresários, esta é uma janela de oportunidades para o desenvolvimento da atividade econômica no Brasil.
A mudança pode estar mais próxima do que imaginamos, mas para isso acontecer, é preciso uma revolução escolar: o sistema de ensino convencional, conteudista, já não cabe no espaço que habitamos.
As edtechs estão aí para mostrar uma nova forma de educar: elas pertencem a um modelo educacional tecnológico, que dispõe de recursos pedagógicos diferentes do modelo presencial e pode ser feito em larga escala, desenvolvendo ainda mais a aprendizagem dos estudantes.
Não estamos dizendo que este é o fim do modelo presencial, afinal, ele tem e sempre terá seu espaço, no entanto, agora é hora de compartilhar esse universo com os métodos online: a sociedade não será mais o que era antes e o mundo digital, mais do que nunca, é parte das nossas vidas.
O futuro da educação está diretamente ligado ao setor de tecnologia. A pandemia tornou as ações online mais naturais e possivelmente, elas são um caminho sem volta.
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