O grupo francês Vivendi informou nesta sexta-feira que garantiu uma fatia de 57,5% da GVT, após uma disputa acirrada com o grupo espanhol Telefônica. A Vivendi é conhecida por evitar guerras de preço em tentativas de aquisições, mas fez uma oferta maior pelo controle da operadora brasileira, de R$ R$ 56 por ação, valor 10,9% acima da melhor proposta da Telefônica, de R$ 50,50 por ação. A Vivendi disse que já assegurou a compra de 37,9% das ações da GVT e que tem opção irrevogável para adquirir mais 19,6% do total. “De acordo com as regras brasileiras, a Vivendi lançará uma oferta pública de aquisição de 100% do capital da GVT por R$ 56 cada ação”, informou o conglomerado francês.
Os acionistas fundadores da operadora brasileira — detentores de 30% das ações — e outros dispersos no mercado concluíram a negociação de forma privada. A Vivendi tinha liberdade para realizar a negociação privada porque não havia lançado oficialmente uma oferta pública para compra da participação acionária — ao contrário da Telefônica. Em meados de setembro, a Vivendi se dispôs a pagar R$ 42 por ação da GVT, valor 33,3% menor que sua cartada final para assegurar o controle da companhia. Semanas depois, a Telefônica entrou na briga e fez oferta de R$ 48 reais, que acabou elevando para R$ 50,50.
Na quinta-feira, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) concedeu anuência prévia para que ambas as interessadas na aquisição da GVT seguissem adiante nas tratativas de compra, mas a Telefônica sofreria restrições em relação à gestão da nova controlada se fechasse o negócio. No caso da Vivendi, a Anatel não impôs restrições, já que se trata de uma concorrente nova no mercado brasileiro. O preço pago pela Vivendi representa um prêmio de aproximadamente 6,5% sobre a cotação em bolsa da GVT.
Fonte: Correio Braziliense