Sem planejamento, a obtenção dos resultados desejados ficaria à mercê do acaso, com soluções aleatórias de última hora para os eventuais contratempos que surgem no caminho. O planejamento evita a improvisação. É ainda, de acordo com Costa (2009), um excelente meio de controle, pois seu processo operacional tem condições de indicar os desvios do curso de ações e os mecanismos de correção em tempo hábil. Sua importância está também no fato de ele minimizar os custos, quando se vai e pode gastar. O planejamento, além disso, substitui as atividades isoladas, individuais e fragmentadas pelo esforço equilibrado, incentivando mais o trabalho e contornando julgamentos improvisados por decisões mais conscientes.
Os benefícios oferecidos pelo uso de TI também são influenciados por estes níveis, mas em geral todos os benefícios estão presentes em todos os níveis. Na exploração localizada, o uso de TI pode contribuir para a redução do custo do processo como também para a inovação de determinado processo. Na redefinição do escopo do negócio, o uso de TI pode contribuir definitivamente para a inovação e criação de novo modelo de negócio, como também pode contribuir para um modelo de negócio com mais flexibilidade.
Em cada nível hierárquico de uma organização são tomadas decisões com grau de complexidade diferente. Porém, todas tem sua importância para o sucesso de uma organização. Os SIs apoiam estas tomadas de decisões e em cada nível hierárquico são criados de forma a atender as necessidades de dados e informações específicas destes níveis.
O uso de TI oferece grandes benefícios e oportunidades para as organizações, assim como riscos inerentes à assimilação de novas tecnologias e às inovações dos processos organizacionais. Esta situação, de evolução do ambiente tradicional para o ambiente digital, apresenta desafios de tomada de decisão que idealmente devem ser baseados no conhecimento dos vários aspectos envolvidos (WEILL e VITALE, 2001).
Afuah e Tucci (2001) confirmam que o mercado eletrônico permite que as empresas desenvolvam novos modelos de negócio e exige que elas tenham estratégias específicas para garantir o aproveitamento dos benefícios oferecidos.
Relacionando-se o Planejamento Estratégico de TI com o planejamento estratégico de negócio, de acordo com Williams (1997 apud PALANISAMY, 2005), o Planejamento Estratégico deTI deve ser desenvolvido como parte dele e em acordo com as estratégias do negócio. O PETI tem sido considerado como a determinação de oportunidades estratégicas, objetivos, fatores críticos de sucesso e a informação necessária de diferentes partes da organização (MARTIN, 1989).
Diante das situações apresentadas, pode-se, então, definir que a TI nas organizações tem papel fundamental e necessita fornecer, de forma eficiente e eficaz, suporte e infraestrutura tecnológica que viabilizem as diretrizes corporativas. Principalmente, é necessário que haja suporte para que as decisões de TI possam:
- Estar mais alinhadas com as estratégias e os objetivos de negócio;
- Agregar valor a TI e possibilitar, da melhor forma (eficiência – mais econômica), o alcance dos objetivos corporativos; e
- Ter seus riscos controlados e gerenciados dinamicamente e, ainda, atender aos órgãos regulatórios.
Este nível de utilização oferece grandes oportunidades para as empresas que têm sucesso no aproveitamento dos benefícios oferecidos por este uso. Ao mesmo tempo, ele também oferece desafios para a administração deste recurso do qual as empresas passam a ter grande dependência e que apresenta particularidades de gerenciamento. Neste cenário complexo, outro desafio é identificar o nível de contribuição que esta tecnologia oferece aos resultados das empresas. Por fim, as atitudes dos principais executivos de negócio e de Tecnologia de Informação interferem de forma significativa na administração desta tecnologia.