Mais uma vez, o poder das empresas de tecnologia está sendo colocado à prova. Nos últimos anos, este ramo se destacou entre os mais valiosos do mundo e diante de um novo cenário no qual as bolsas de valores mostram impactos desastrosos da Covid-19, o setor tecnológico se apresenta ainda mais resiliente. E mais: sinaliza que ao final de tudo isso, poderá sair mais fortalecido.
Gigantes como Microsoft, Apple, Amazon, Google e Facebook alcançaram seu espaço e mostraram o crescente destaque do setor na economia global.
Crise para quem?
Pois bem, muito diferente de você e eu, as “Big Tech” mostram a cada dia, que podem ser resistentes ao novo coronavírus. Há algumas semanas, as maiores empresas de tecnologia do mundo divulgaram seus ganhos trimestrais e, embora tenham sido surpreendidas pela pandemia, os resultados foram surpreendentes.
No mundo todo, as pessoas estão ficando mais em casa e isso faz com que elas façam maior uso de tecnologia, ocasionando um grande impulso neste ramo.
Os pedidos de estadia em casa fazem com que as pessoas usem a tecnologia para trabalhar remotamente mais do que nunca, proporcionando um grande impulso e mais otimismo em relação à tecnologia.
Os dados não mentem: as ações do Facebook subiram 10% depois da divulgação do relatório de ganhos e a “empresa-mãe” do Google, Alphabet, subiu 7%. A Netflix anunciou quase o dobro da quantidade de novos assinantes que tinha previsto para este trimestre e a Apple contrabalançou suas vendas perdidas no iPhone com serviços digitais como vendas e assinaturas na App Store.
A Microsoft também não ficou de fora e declarou um salto de 15% nas vendas no último trimestre, se tornando a empresa de capital aberto mais valiosa do mundo.
Podemos ressaltar que isso ocorre devido à tecnologia ter conquistado a mídia e por conseguir criar uma nova infraestrutura digital essencial, sobre um sistema já defasado e isso, faz com que o setor se posicione melhor diante de tempos difíceis como os de hoje, possibilitando que elas saiam mais fortes e estruturadas no futuro.
Nem tudo são flores, mas tudo é semente
Para a Amazon, famosa por reinvestir lucros novamente na empresa, a pandemia é vista como uma oportunidade e não um tempo para recuar, por isso, ainda que tenha registrado menos lucro do que o esperado, continua gastando muito para combater os efeitos da pandemia em sua rede de transporte e logística.
Recentemente, a empresa divulgou um comunicado de lucros, e informou que faz planos para investir um ganho esperado de US $ 4 bilhões neste trimestre em sua resposta à Covid-19, mais uma vez, mostrando que a crise é uma oportunidade para investir em si e sair da pandemia mais forte do que nunca.
No Brasil
O mercado brasileiro conta com um número menor de empresas de tecnologia, no entanto, dentro do nosso país também há exemplos de companhias que estão conseguindo segurar a onda dentro da crise, quando comparadas a outros setores.
A Locaweb é um dos destaques brasileiros. Ela, que tem no portfólio ofertas como computação em nuvem e abriu capital no início de fevereiro, teve suas ações valorizadas em mais de 30%.
A Totvs também apresenta boas perspectivas para atravessar a crise, com um recuo de 6,5% no preço de seus papéis desde o início do ano. A empresa possui um modelo de receitas recorrentes, o que é esperançoso em um momento que várias empresas estão perdendo faturamento.
Para finalizar
A pandemia desempenhou grandes impactos na economia mundial, mas também mostrou os pontos fortes das “Big Tech”, que incluem as contribuições financeiras feitas pelos gigantes da tecnologia em resposta à pandemia.
Isso vai além dos serviços prestados visando lucro e benefício próprio, mas também compreendem a criação de soluções tecnológicas baseadas em dados que ajudam a aliviar a situação do COVID-19 à medida que ela se desenrola.